Depois de muitos anos, um reencontro. Ele de veste vermelha e ela de veste branca.
Olham-se, se miram e imaginam que está havendo um engano :
_ Será ela mesmo ?
_ Será ele ?
_ Parece-me tão nova, ainda, que poderia até ser minha filha !
Será que é isto mesmo ? Eu vou dirigir-me a ela, porque só assim conseguirei
decifrar este enígma !
Oi, é tu mesma quem penso que é ?
_ Como assim ?
_ Parece-me que nós dois já fizemos parte do mesmo jardim ! Não lembras ?
_ Aonde ficava este jardim ?
_ Era um lindo jardim ! Ele localizava-se na Mansão da Família Divina Magalhães !
_ Ah, bem ! Estou lembrando-me sim ! Tu eras o líder, o Cravo Vermelho, não
eras ?
_ Sim ?! E tu eras a linda Rosa Branca !
Uma coisa que eu não esqueço daquele tempo, era quando o Beija-Flor vinha sugar
do nosso néctar, tu lamentavas pra caramba, lembras-te ? E eu ria às gargalhadas
pelas suas reclamações. Eras muito engraçada ! Ainda continuas, assim ?
_ Com o tempo, tu verás se eu continuo a mesma ainda, tá inqueridor ?
_ Escuta, Rosa Branca, se eu te fizer uma proposta, tu aceitas ?
_ Depende !
_ Podemos continuar nossa amizade, que naquela época era muito de vagar ?
_ É óbvio que podemos, ora veja ! É só a gente acertar alguns detalhes, e esta
amizade virá mais fortalecida, não achas ?
_ Quais são estes detalhes ?
_ Não pergunta-me coisas que não posso te responder agora, ok ?
Com o andar da carruagem, quem sabe, os detalhes poderão manifestar-se. É só
esperarmos e tudo virá à tona, está bem ?
_ Ok, Rosinha Branquinha !
Sabias que naquele tempo a tua presença, teu rosto, naquele jardim, enchia a
paisagem circular ? Tudo era belo, diferente, típico ... Até o teu corpo branco,
pelo menos assim eu o via, tinha a formosura de uma Rosa Branca !
Já reparaste, princesa, que eu só sei te tratar com elogios ? : Bela, linda, princesa,
amável, formosura ... e tu nunca agradece-me ! Já notou isto ? Mas tudo bem, não
é isto que vai desfazer a nossa amizade, ok ? Eu continuo sempre teu amigo e
deliciando-me com a tua beleza !
_ Está bem, Cravo Vermelho, eu prometo que a partir de agora eu sempre
procurarei agradecer os elogios que fizeres a minha pessoa, certo ?
Não precisas chorar, Cravinho meu ! Somos ou não somos amigos, hein ?
_ Gostei desta tua atitude : Cravinho meu ! Foi lindo ! Grato, linda !
Sabes, eu não ando muito bem, não ! Estou mais pra lá do que pra cá, entendeu ?
Minhas pétalas, por exemplo, estão ficando um pouco pálida. Estão perdendo a
cor original ! Afinal, minha idade já chegou lá em cima ! Pouco falta para chegar ao
final !
_ Qual é a tua idade, hoje, meu nobre Cravo ?
_ Por favor, Rosa Branca, pega leve, está bem ?
_ Ué ! Qual é o problema em perguntar a idade, hein ?
_ Ok, Rosa Branca ! Eu pergunto : por que queres saber a minha idade ? É pra
chamar-me de vovô Cravo Vermelho, é ? Vamos fazer o seguinte, diga-me a tua
idade primeiro, que eu te direi a minha, certo ?
_ Nada disto !!!
É falta de educação questionar a idade de uma dama, sabia ?
_ Concordo plenamente, madame Rosinha Branquinha !
Mas tu não tens cinquenta e três anos ?
_ Como advinhaste ?
Ah, é !!! Tu não tens setenta e quatro anos e mais um pouquinho ? Gostou ???
_ Caramba ! Vai advinhar assim, lá na China ! Como pode isto ?
_ Ué ! Não advinhaste a minha ?!
São elas por elas, ora veja !
Os dois se olham, se miram, e gargalham : kkkkk ... e dizem : nós somos muito
bobos ! através do nosso PC todos sabem a nossa idade !!! e voltam a gargalhar
novamente : kkkkk ...
Os vizinhos, as outras flores, dizinham : Quantas alegrias entre o líder Cravo
Vermelho e Rosa Branca ! Isto é muito lindo !!!
_ Querida, sabes muito bem que nós, na forma de flores, respiramos no vento,
não é ? Que tal a gente, através de nossa amizade, respirarmos o vento que
circula nosso ser, nosso afeto, nosso carinho, nossa amabilidade, hein ? Afinal,
estamos na Primavera, nossa estação preferida, não é ? Então, vamos fortalecer
mais nossa amizade e continuarmos no nosso Jardim aonde nos conhecemos e
aonde nossas pétalas não se envelhecem e jamais cairão :
_ Jardim de Deus !!!
Olham-se, se miram e imaginam que está havendo um engano :
_ Será ela mesmo ?
_ Será ele ?
_ Parece-me tão nova, ainda, que poderia até ser minha filha !
Será que é isto mesmo ? Eu vou dirigir-me a ela, porque só assim conseguirei
decifrar este enígma !
Oi, é tu mesma quem penso que é ?
_ Como assim ?
_ Parece-me que nós dois já fizemos parte do mesmo jardim ! Não lembras ?
_ Aonde ficava este jardim ?
_ Era um lindo jardim ! Ele localizava-se na Mansão da Família Divina Magalhães !
_ Ah, bem ! Estou lembrando-me sim ! Tu eras o líder, o Cravo Vermelho, não
eras ?
_ Sim ?! E tu eras a linda Rosa Branca !
Uma coisa que eu não esqueço daquele tempo, era quando o Beija-Flor vinha sugar
do nosso néctar, tu lamentavas pra caramba, lembras-te ? E eu ria às gargalhadas
pelas suas reclamações. Eras muito engraçada ! Ainda continuas, assim ?
_ Com o tempo, tu verás se eu continuo a mesma ainda, tá inqueridor ?
_ Escuta, Rosa Branca, se eu te fizer uma proposta, tu aceitas ?
_ Depende !
_ Podemos continuar nossa amizade, que naquela época era muito de vagar ?
_ É óbvio que podemos, ora veja ! É só a gente acertar alguns detalhes, e esta
amizade virá mais fortalecida, não achas ?
_ Quais são estes detalhes ?
_ Não pergunta-me coisas que não posso te responder agora, ok ?
Com o andar da carruagem, quem sabe, os detalhes poderão manifestar-se. É só
esperarmos e tudo virá à tona, está bem ?
_ Ok, Rosinha Branquinha !
Sabias que naquele tempo a tua presença, teu rosto, naquele jardim, enchia a
paisagem circular ? Tudo era belo, diferente, típico ... Até o teu corpo branco,
pelo menos assim eu o via, tinha a formosura de uma Rosa Branca !
Já reparaste, princesa, que eu só sei te tratar com elogios ? : Bela, linda, princesa,
amável, formosura ... e tu nunca agradece-me ! Já notou isto ? Mas tudo bem, não
é isto que vai desfazer a nossa amizade, ok ? Eu continuo sempre teu amigo e
deliciando-me com a tua beleza !
_ Está bem, Cravo Vermelho, eu prometo que a partir de agora eu sempre
procurarei agradecer os elogios que fizeres a minha pessoa, certo ?
Não precisas chorar, Cravinho meu ! Somos ou não somos amigos, hein ?
_ Gostei desta tua atitude : Cravinho meu ! Foi lindo ! Grato, linda !
Sabes, eu não ando muito bem, não ! Estou mais pra lá do que pra cá, entendeu ?
Minhas pétalas, por exemplo, estão ficando um pouco pálida. Estão perdendo a
cor original ! Afinal, minha idade já chegou lá em cima ! Pouco falta para chegar ao
final !
_ Qual é a tua idade, hoje, meu nobre Cravo ?
_ Por favor, Rosa Branca, pega leve, está bem ?
_ Ué ! Qual é o problema em perguntar a idade, hein ?
_ Ok, Rosa Branca ! Eu pergunto : por que queres saber a minha idade ? É pra
chamar-me de vovô Cravo Vermelho, é ? Vamos fazer o seguinte, diga-me a tua
idade primeiro, que eu te direi a minha, certo ?
_ Nada disto !!!
É falta de educação questionar a idade de uma dama, sabia ?
_ Concordo plenamente, madame Rosinha Branquinha !
Mas tu não tens cinquenta e três anos ?
_ Como advinhaste ?
Ah, é !!! Tu não tens setenta e quatro anos e mais um pouquinho ? Gostou ???
_ Caramba ! Vai advinhar assim, lá na China ! Como pode isto ?
_ Ué ! Não advinhaste a minha ?!
São elas por elas, ora veja !
Os dois se olham, se miram, e gargalham : kkkkk ... e dizem : nós somos muito
bobos ! através do nosso PC todos sabem a nossa idade !!! e voltam a gargalhar
novamente : kkkkk ...
Os vizinhos, as outras flores, dizinham : Quantas alegrias entre o líder Cravo
Vermelho e Rosa Branca ! Isto é muito lindo !!!
_ Querida, sabes muito bem que nós, na forma de flores, respiramos no vento,
não é ? Que tal a gente, através de nossa amizade, respirarmos o vento que
circula nosso ser, nosso afeto, nosso carinho, nossa amabilidade, hein ? Afinal,
estamos na Primavera, nossa estação preferida, não é ? Então, vamos fortalecer
mais nossa amizade e continuarmos no nosso Jardim aonde nos conhecemos e
aonde nossas pétalas não se envelhecem e jamais cairão :
_ Jardim de Deus !!!
Jayme Salema / 2010
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