sábado, 16 de outubro de 2010

SOLIDÃO .


A tua vida, Rosa Branca, é uma forma
Da primeira pétala caída da flor no chão.

Depois de ser abandonada pela
Jovialidade, a segunda idade se
Torna quase uma negra noite
Que se apresenta num mar de
Vazios, onde somente tua
Presença, embora solitária, pode
Esvaziá-lo de seus desertos.

O poeta à compara ao alto mar
Que assobia, assobia ... e não obtém
Respostas !
A tua vida, princesa, às vezes, não
Se nivela a está forma de ser ?
Procura, procura ...

Amada,
Tu és semelhante ao poema que se
Baseia numa ilha solitária !
Acordada numa parceria com a
Saudade segues em frente, mesmo
Sem ter alguém ao teu lado !

Ah, solidão !

O poeta te equivale a um coração
Vazio de amor aonde ninguém
Pode entrar.

Ainda bem que não é o teu caso,
Querida, porque o poeta a considera
Como o próprio amor !!!

O que pode ser duas irmãs gêmeas
Que não contemplam uma a outra ?
_ Às orelhas !

Assim, querida, são os teus filhos que
Estão ao teu lado mas, muitas vezes,
Não podes contempla-los !


Jayme Salema / 2010