quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O BELO E A FERA


Dentes à vista,
Sorrisos oblíquos.

Nos ombros,
Um palco repleto de
Bailarinas, com
Vestes de tecido-espuma,
Que dançam ao som de
Seu frêmito.

Seus teares mitológicos
Tecem rendas brancas e,
Num vaivém sem cessar,
Às oferecem a amada de
Curvas longas.

O poeta extasiado
Com o show aquático,
Ainda assim, alerta :

- Cuidado com sua ira !

Ao avançar sobre sua loura, sua morena, ...
Sua cólera espuma imensamente !

Às vezes açoita a tudo e a todos.
Abrindo sua boca-cinza, cheia de
Saliva, nada fica por engulir :

- Titanic, Aves de aço ...


Jayme Salema / 2000

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