quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O TEMPO E SUAS ENGRENAGENS


Que porta a usar
Para adentrar-se
No seu espaço ?

Há tempo para tudo.
Agora ele parece
Um casulo, todo fechado !

Cavalga nas sombras,
Usando as camadas
Do silêncio ...

Ainda bem que é possível
Transferir a matéria dele
Em memória.

Senão,
Ele não passaria de um
Infante.
Ou seria um confete :
Um mínimo colorido de
Saudade !

E de que forma as estapas
Da vida se desenvolveria;
Se é ele quem planta espaços
Na alma ?

Seu rosto não é explícito,
Mas ele está sempre
Presente.

Às vezes através de uma
Alegria mentirosa.
Outras vezes em um fiandeiro
Tecendo (in)felicidade :

Momento de pedra,
Momento de amor.

É um verdadeiro espaço
Indefinível !

Transporta entre as saudades
Amareladas :

Mistério
Destruição
Dores
Gemidos
Amor
Prazer
Abraços
Beijos
Melodias
Poesias ...

Dizem que ele é o melhor
Remédio,

Será ?!

Qual a forma para
Definí-lo ?

- Estou tentando nas letras
Deste poema !


Jayme Salema / 2005

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